Gervais salva a noite

As coincidências ajudam muito quem escreve. Vale a regra de transpirar ao máximo para terminar algumas linhas ou desenvolver idéias. Mas se pintar uma ajudinha extra, um Emmanuel da vida (ou do além), para soprar um teco de inspiração… Opa, a gente recebe o danado e ainda dá uma oferenda.

Outra noite, deprimido por não conseguir terminar uma cena cômica, topei com o Jô Soares entrevistando a Carol Zoccoli (comediante stand-up – aliás, quem não é comediante stand-up hoje?).

Não, ali nada me trouxe a luz. Na verdade, quase mergulhei nas trevas. Sono.

Bom, mas aqui vai o lado Chico Xavier da coisa.

Conferindo o Jô, lembrei que gosto do David Letterman. O horário batia, então troquei para o GNT.

E quem estava sendo entrevistado? Rick Gervais. Yes. Acordei.

O ator e criador de “The Office” e “Extras” mostrava ali o que é ritmo e texto de humor.

Nada como ver a caneca original (ok, eu sei que a original-original é a do Johnny Carson).

Eu estava meio chateado com o Gervais, pois dias antes tinha assistido ao “Ghost Town”, filminho mais ou menos que vale por Gervais (apesar dele estragar o filme). Quê? Explico: ele é o mocinho! Aí não dá. Pô, conquistar a Téa Leoni daquele jeito constrangedor… Não colou.

Certo, mas naquela noite o Gervais tava competindo com a Carol Zuccolo. Sacanagem.

Depois da entrevista do britânico, fiquei com sede daquele humor “vergonha alheia” e peguei um DVD da série “The Office” (a imbatível, top 3 das melhores comédias de todos os tempos) e mandei ver numa cena qualquer.

Sim, a cena escolhida trazia exatamente o tipo de solução que eu precisava.

Aí sim. Um pouco de esforço + ajuda do fantasma da inspiração = roteirista.

Fui para o computador, matei a cena e voltei para o DVD.

Valeu, Gerva!

Parece fácil, mas escrever um negócio pequeno desses é complicado demais… Tá, eis o que me ajudou:

Gervais mostra seu rebolation em mais um momento de deboche em "The Office"

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