Este era o mantra que eu carregava na cabeça quando tinha uns dez anos.
Os ensinamentos de Mr. Kesuke Miyagi certamente me livrariam dos vilões da escola.
Feito um Daniel LaRusso, eu me imaginava beijando a garota mais jeitosinha do colégio e dando uma voadora fatal naquele fortão pentelho da oitava série C.
“Karate Kid”, lançado em 1984 e dirigido por John G. Avildsen, virou um clássico para a molecada que se sentia rejeitada por aí (quase 99% dos garotos).
A história era simples, ingênua e eficiente: garoto caipira (Ralph Macchio) se muda de New Jersey para a Califórnia e começa a sofrer por causa de seu estilo simplão (ele era um pobre vivendo no meio dos mauricinhos). Logo encontra Pat Morita, uma espécie de Jedi que o ensina a superar os traumas desse mundo.
Foi “A Garota de Rosa Shocking” dos meninos.
Agora vem aí “Karate Kid” versão 2010.
O trailer é de dar calafrios. Mas já nos mostra com precisão o espírito de um tempo.
Parece que agora o Daniel Sam virou Dre Parker.
Além de ter perdido um pouco da idade, o novo Karate Kid é negro.
E Seu Miyagi é Jackie Chan.
A viagem que Dre Parker tem que fazer para virar um guerreiro é um pouco mais complexa. Não é apenas da Costa Leste para a Oeste.
Dre Parker sai de Detroit (EUA) e vai para a… China!
Tudo muito maior, mais complicado, mais… chato?
Racismo, política econômica, rap… O mundo é outro. Globalizado, violento, nada ingênuo.
Os playboys da Califa são uns molengas perto dos chineses.
Em 2010, parece que o negócio é “mostre ganar dinero! Mostre correr Muralha!”.
Saudades de quando a gente só tinha que pintar a cerca.
Um Roteirista 
André Rodrigues, o cinéfilo!
Parabéns pelo blog, meu caro. Gostei bastante.
Quando puder dê uma olhada no meu http://www.acangibrina.blogspot.com
Abs
Denis
PS: Já viu Tudo pode dar certo?
Diga, amigão.
Valeu!
Vou olhar sim.
Quanto ao Woody Allen, logo mais comento por aqui.
Abração.