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Não existe cena fácil. Mas existem aquelas que são mais difíceis. O roteirista tem que conviver com isso. Cada sequência é uma batalha diferente. Algumas são mais divertidas, é verdade. Mas nenhuma se apresenta como mamão com açúcar.

Cada cena tem seu próprio batimento, sua própria história. É como um filhote, único, com suas peculiaridades. Quando ele se junta com aquela penca de irmãos e irmãs, formam uma família – o roteiro.

Neste texto da Vulture, os Cuarón explicam como foi escrever a cena mais complicada de Gravidade.

Acho que foi o crítico Paulo Santos Lima que me falou sobre o quanto não gostava dessa sequência (achava brega, algo assim).

Eu acho interessante. A aparição de Clooney é surpreendente e reconfortante. Quem melhor do que ele para acalmar uma moça em perigo?

Acho pertinente o uso do ator e do personagem – mesmo forçando a barra com um delírio.

De qualquer maneira, deve ter sido um dos momentos empacados da escrita do roteiro. Pra mim, o resultado é bem satisfatório (muito por causa das atuações).

E só o fato de terem feito o curtinha com o ponto de vista do esquimó, já justifica qualquer risco.

Aí está um desafio que rendeu frutos – e US$ 100 mil para rodarem o filminho.

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