Nas últimas semanas, nada tem me impressionado mais do que assistir cenas com e sem trilha sonora de uma série de TV que estou escrevendo. Começo a achar que um roteirista tem dois melhores amigos: o montador e o autor da trilha (assim como o diretor tem que ser brother do diretor de fotografia). É... Continuar Lendo →
O roteirista feliz e Raymond Chandler
Hoje, Josué é um roteirista feliz. Ele e eu nos conhecemos na mais absoluta miséria faz uns 15 anos. Escrevíamos coisas humilhantes e tristes para programas tenebrosos da Rede Record (sim, nada mudou na TV). Financeiramente não evoluímos nada. Na verdade, pioramos, pois antes éramos chicoteados para roteirizar reality shows e programas de auditório. Mais... Continuar Lendo →
A mente de um espectador durante “Divertida Mente”
ALEGRIA Segunda à tarde. Uma segunda-feira de verdade, dia útil, e você está dentro de uma sala de cinema pronto pra assistir ao mais novo filme da Pixar, Divertida Mente. Ao contrário do que você pensava, a sessão está até disputada. Uns 40 adultos comem pipoca e conversam baixinho. As luzes se apagam. A tela... Continuar Lendo →
Filmes longos para uma vida curta
Em um trecho de Nós, de David Nicholls, o narrador se pergunta se “desde o tempo dos gregos, alguém já saiu de uma peça de teatro dizendo: 'Eu queria apenas que fosse mais longa!'”. É só mais uma das engraçadas provocações de Douglas, o bioquímico que enfrenta o fim do casamento enquanto viaja com a... Continuar Lendo →
Processo criativo
Enquanto flanava pela Livraria Cultura dia desses, encontrei o Armando. Eu estava gripado, com a cabeça latejando e respirava feito um moribundo. Mesmo assim tentei ser simpático e esconder meu desconforto. Conto um detalhe sobre o Armando: ele não conversa, apenas pergunta. Nunca ouvi o sujeito afirmar nada. Tudo pra ele termina com um ponto... Continuar Lendo →
Ficção x realidade: novo round
Agora foi a vez do colunista da Folha Ricardo Melo. Em um de seus artigos, ele escreveu: “que roteirista pensaria num enredo em que um cachorro vira celebridade e recebe medalha da mais importante Câmara Municipal do Brasil?”. Eu respondo: qualquer um que seja bom. Afinal, roteiristas fazem isso, criam e contam histórias. Eu pergunto:... Continuar Lendo →
What the fuck, Louie
Se eu fosse responsável por criar um método de avaliação de séries de TV, eliminaria as tais estrelinhas, quadradinhos ou outros sinais gráficos e inventaria uma classificação assim (em ordem crescente de qualidade): • Nem se estiver com dengue e só tem isso pra ver e passar o tempo • Vale baixar e ver um ou... Continuar Lendo →
13 perguntas para um roteirista
O escritor mexicano Juan Pablo Villalobos escreveu uma coluna no blog da editora Companhia das Letras com “vinte dicas para vocês porem em prática em festivais literários, feiras do livro e bienais diante de seu escritor favorito, não tão favorito ou, até, para aplicar à inversa na frente de seu autor de nenhum jeito favorito... Continuar Lendo →
Transtornos mentais e o fim de “Mad Men”
Scott Stossel, o autor do fantástico Meus Tempos de Ansiedade, relata logo nas primeiras páginas do livro algumas de suas fobias e medos: de espaços fechados (claustrofobia), de altura (acrofobia), de perder os sentidos (astenofobia), de ficar preso longe de casa (uma variedade de agorafobia), de germes (bacilofobia), de queijo (tirofobia), de falar em público... Continuar Lendo →
Nick Hornby e os roteiristas de “Funny Girl”
Creio que todo mundo concorda: o inglês Nick Hornby sempre escreve coisas legais. Não importa o tema ou meio. Seja como crítico de música ou literatura (a coluna dele na The Believer é uma delícia), autor de romances geracionais (Alta Fidelidade continua ótimo) ou roteirista. Portanto, quando ele resolve publicar um livro sobre os bastidores de... Continuar Lendo →