Não sei se This Is 40, o mais recente filme escrito e dirigido por Judd Apatow, vai estrear nos cinemas por aqui. Nos Estados Unidos ele faturou US$ 67 milhões (meia boca) e teve uma recepção geral bem morna. Esse retrospecto um tanto “loser” corresponde exatamente ao espírito do filme. Ele trata de pessoas comuns... Continuar Lendo →
Em defesa do Oscar 2013 – 1
Está aberta a temporada de caça ao Oscar. Isso significa que críticos e resenhistas vão descer a lenha na principal festa de Hollywood. Já começaram a pipocar por aí textos falando que as indicações para O Lado Bom da Vida, por exemplo, revelam a “mediocridade reluzente do Oscar” (como diz José Geraldo Couto). Como estamos... Continuar Lendo →
“Alfred Hitchcock e os Bastidores de Psicose”
Por incrível que pareça, livros que contam bastidores de filmes são às vezes tão bons quanto os próprios longas que analisam. Recentemente, a Zahar publicou Quinta Avenida, 5 da Manhã, de Sam Wasson, com as minúcias e peculiaridades da realização de Bonequinha de Luxo (1961). Lá estão as fanfarronices de Truman Capote, as dificuldades do... Continuar Lendo →
O lado bom da vida e o dilema das adaptações
O Lado Bom da Vida (livro de Matthew Quick e filme de David O. Russell) é imperdível para quem gosta de comparar narrativas e se interessa por roteiros. Para os outros mortais, sei lá. Eu recomendaria ficar apenas com o trabalho em papel, que é bem urdido, engraçado e com diversas reviravoltas. O objeto cinematográfico... Continuar Lendo →
“Lincoln” é solene e sério – ainda bem
De todos os ótimos filmes que estão em cartaz, aquele que eu daria um braço para ter escrito é justamente o menos apreciado “como cinema”. Lincoln, de Steven Spielberg, tem invariavelmente aparecido nas resenhas em português acompanhado pela palavra “solene”. Descobri agora que esse adjetivo é – bastante – pejorativo. Porém, solene também significa magnífico,... Continuar Lendo →
“Searching for Sugar Man” e “Stieg Larsson”
A gente tem que ter cuidado quando escuta o “mimimi” de alguns jornalistas. Feito personagem de romance policial antigo, eles gostam de culpar o mordomo por tudo. No caso, o mordomo é a internet. É até chato ficar batendo sempre na mesma tecla (digital, claro), mas tem muito editor, repórter, redator, dono de jornal jogando... Continuar Lendo →
O amor não é para maricas
"Old age ain't no place for sissies." Em tradução livre: a velhice não é lugar para maricas. Com essa frase que Bette Davis teria dito, Roger Ebert abre sua crítica sobre Amour, o filme do austríaco Michael Haneke que desponta como favorito ao Oscar de língua estrangeira – a obra ainda está indicada nas categorias melhor... Continuar Lendo →
O plástico da “Veja”
Uma das cenas mais interessantes do excepcional O Som ao Redor é aquela da reunião de condomínio. É impressionante o quanto Kleber Mendonça Filho, o diretor, consegue extrair de um evento tão prosaico. Há tanto ali de humor quanto de comentário social. Além da sequência movimentar a história, colocar certo grau de tensão e elucidar... Continuar Lendo →
Livro de David Carr é manual sobre crises
O jornalista David Carr é a estrela do documentário Page One (2011), sobre o New York Times e a crise da mídia impressa. Com seu jeitão alerta e esquisito, ele nos conduz para o centro nervoso das discussões sobre o papel – literalmente – do jornal nos dias de hoje. Em dois segundos é possível... Continuar Lendo →
“Django Unchained” mostra que a ficção ainda pode corrigir as atrocidades da história
Todos os países merecem um cara como Quentin Tarantino. Não apenas para movimentar polêmica ou atualizar os gêneros cinematográficos, mas também para cutucar a história de cada região. Cabe aqui o desejo de um cineasta metralhando na tela os milicos, mostrando uma guerrilha dos anos 70 capaz de vingar todos aqueles que foram torturados e... Continuar Lendo →