Pelo fim do “filme de arte”

Eu odeio “filme de arte”: não a coisa, mas o nome. Ele aprisiona um cinema tenazmente vivo num parque temático sonolento e com brinquedos acessíveis apenas para quem sabe de cor a filmografia do Godard. Essa expressão é uma obra-prima de publicidade negativa, um tour de force de antipropaganda*. Qualquer longa que em seus primeiros... Continuar Lendo →

“Muito Além do Nosso Eu”

Abaixo, resenha do livro Muito Além do Nosso Eu (espécie de "prequel" de Avatar) publicada na edição 59 (Amy Winehouse na capa) da revista Rolling Stone. * Com a publicação de Muito Além do Nosso Eu (Companhia das Letras), o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis se junta a outros ótimos prosadores nacionais (como Marcelo Gleiser e... Continuar Lendo →

A melancolia do Capitão América

Capitão América (o personagem, não o filme) é tão naïf que chega a dar pena. Seu espanto ao se ver perdido numa Nova Iorque tomada pelo caos coloca o herói num tal estado de fragilidade, que fica difícil acreditar que ele não se mate ao descobrir que agora os Estados Unidos perderam crédito na praça.... Continuar Lendo →

O exemplo de Serge Gainsbourg

Num país (o Brasil) pródigo em assuntos e personalidades musicais, é de se estranhar a falta de mais cinebiografias de artistas do meio. Romancear em cima da vida de alguns músicos – principalmente os já mortos – poderia ser um formato próspero do cinema brasileiro. Cazuza – O Tempo não Para (2004) e Dois Filhos... Continuar Lendo →

A morte e a morte de Harry Potter

  Enterrados os mortos, chega a hora de descobrir o legado que os defuntos deixaram. Harry Potter, Hermione e Rony se foram. Se não para sempre, pelo menos por um longo período. Fazia tempo que eu não encarava uma sessão de cinema tão cheia e sem barulho – as pipocas ficaram silenciosas até nos trailers!... Continuar Lendo →

Jornalista fica 40 dias sem mentir

  Abaixo, resenha publicada na revista Rolling Stone 58. * Se os cálculos estiverem certos, em média você mente 200 vezes por dia. Entram na conta desde as mentirinhas brancas (que não causam transtornos) até aquelas mais cabeludas, capazes de colocar ministros em maus lençóis. Socialmente aceita em seu nível menos prejudicial, a mentira é... Continuar Lendo →

“Transformers 4 – O Musical”

Para a molecada que freqüenta as salas de cinema, a maior tragédia dessas férias não é o fim da saga Harry Potter, mas a constatação de que Michael Bay fez um filme melhor do que a Pixar. Carros, da Disney/Pixar, e Transformers – O Lado Oculto da Lua, de Bay, provam que automóveis falantes são... Continuar Lendo →

Allen oferece esperança à meia-noite

Um amigo me pergunta se eu tenho algum palpite sobre os motivos de tanta gente sair de casa para assistir ao Meia-Noite em Paris, o novo Woody Allen. “Não sou nenhum Contardo Calligaris, mas arrisco algumas coisas”, eu respondo. “Acho que é o filme certo, na hora certa, para o público certo”, dou uns chutes... Continuar Lendo →

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