UMA IMPLICÂNCIA Taí uma coisa que não entendo. Por que a crítica insiste em usar a expressão “este é um filme menor de Fulano de Tal”? Parece um tabefe com luva de pelica, um eufemismo bobalhão, um jeito inútil de gastar saliva e tecla. Esse conceito já virou clichê. É igual dizer que “o novo... Continuar Lendo →
Diplomacia suja
UM LIVRO O subtítulo de Diplomacia Suja (Companhia das Letras), de Craig Murray, resume bem o espírito do livro e lembra até uma daquelas chamadas da Sessão da Tarde: “As conturbadas aventuras de um embaixador beberrão, mulherengo e caçador de ditadores que, sem um pingo de arrependimento, se viu encalacrado na linha de frente da Guerra... Continuar Lendo →
Do que eu falo quando eu falo de auto-ajuda
DOIS LIVROS Não tenho idéia de como é a estrutura de um livro de auto-ajuda. Todas as frases trazem conceitos motivacionais? A tipografia segue um padrão que promete ajudar o leitor? O Augusto Cury repete temas ou costuma surpreender criando uma narrativa com a participação de vampiros? Também pouco entendo sobre esse conceito. Pra mim,... Continuar Lendo →
Subúrbios em chamas
UM CLIPE Não é somente o subúrbio carioca que está pegando fogo. No clipe da música The Suburbs, do grupo Arcade Fire, as ruazinhas de Austin, Texas, viram uma mistura de Rio de Janeiro e avenida Paulista. Dirigido por Spike Jonze, estão lá policiais sem muita paciência, soldados carregando fuzis e alguns jovens brincando com... Continuar Lendo →
Harry Potter, Freud e Laerte
UMA CENA Há um belo momento em Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1, de David Yates. É aquele em que uma animação narra O Conto dos Três Irmãos. Os elementos macabros, mas sedutores, da pequena história lembram as figuras fantasmagóricas de Tim Burton. O conto da família perseguida pela Morte serve lindamente... Continuar Lendo →
Rede social, Scott Pilgrim e aliens
O livro Bilionários por Acaso, de Ben Mezrich, é um bom tira-gosto antes da estréia do filme A Rede Social, de David Fincher. Ambos contam a rápida trajetória de Mark Zuckenberg, o criador do Facebook. Se Ben não é nenhum ás da ficção para inventar imagens e promover climas, pelo menos é esperto o suficiente... Continuar Lendo →
O Ronnie Von do futuro
Alguns documentários parecem tão ficcionais quanto a história do Forrest Gump. Hugh Hefner – Playboy, Ativista e Rebelde narra a trajetória de Hugh Hefner, publisher da revista Playboy, e é tão surpreendente que beira o mockumentary (reportagens inventadas que fingem ser reais, como as de Borat, por exemplo). Melhor. Em certos momentos parece que estamos fazendo... Continuar Lendo →
Vale a pena ser honesto no Brasil?
Até o capítulo 20 e tantos, a reprise da novela Vale Tudo pelo canal Viva (36 na Net e 37 na Sky) promoveu um resgate não apenas do excelente texto de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, mas também da luminosa atuação de Daniel Filho. Seu personagem, o pianista Rubinho, parece um hipopótamo na... Continuar Lendo →
A guerrilha da TV
Tinha que ser assim. Neste ano, um dos melhores filmes da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo foi uma minissérie. Em 2010, a TV mostrou que pode se tornar a principal plataforma para quem gosta de dramaturgia de qualidade e textos ousados. Gritavam por aí que os índices de audiência iriam cair tanto que... Continuar Lendo →
O poder da arte
“A arte é perigosa; sim, ela nunca pode ser casta; se é casta, não é arte.” (Pablo Picasso) A frase acima é uma das epígrafes do livro “O Poder da Arte”, de Simon Schama, belíssimo estudo sobre oito artistas que, sob determinada pressão, transcenderam a beleza das artes plásticas e produziram quadros dramáticos e reflexivos... Continuar Lendo →